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domingo, 5 de julho de 2009

Governo interino de Honduras proíbe avião de Zelaya de pousar no país

da Efe, em Tegucigalpa
O chanceler interino de Honduras, Enrique Ortez, afirmou neste domingo (5) que o novo governo do país não permitirá a entrada do avião no qual o presidente deposto, Manuel Zelaya, pretense retornar ao país.
"Com o apoio do presidente da República e das Forças Armadas, como chanceler, dei instruções para que não deixem entrar o avião", disse Ortez à imprensa.
A Direção de Aeronáutica e outras autoridades "têm instruções de não deixar entrar o avião, venha quem vier". A proibição é válida para todos os aeroportos nacionais e internacionais do país, afirmou.
"Estamos notificando o mundo para que não vá morrer um presidente da República ou que vá morrer um hondurenho simplesmente pelo capricho de uma organização", disse Ortez, ao lembrar que "há ordem de captura" contra Zelaya.
Uma razão do impedimento é "a prudência, porque não podemos correr o risco de que comece a correr sangue", disse. "Não devemos correr o risco entre capturar o presidente e criar um escândalo", disse.
A polícia hondurenha fechou hoje os acessos ao aeroporto internacional Toncontín de Tegucigalpa, onde, no sábado, estiveram milhares de simpatizantes de Zelaya em um "ato simbólico" para ensaiar a recepção ao deposto presidente, e preveem esperá-lo este domingo.
Zelaya reiterou, em Washington, que pretende retornar hoje a Honduras, depois que OEA (Organização dos Estados Americanos) suspendeu o país como membro do Sistema Interamericano, por não restituir o governante na presidência.
Neste domingo, completa-se uma semana da derrubada de Zelaya pelos militares, e sua expulsão à Costa Rica. O parlamento elegeu Roberto Micheletti como presidente do país.
O governo de Micheletti, a Igreja Católica e outros setores pediram a Zelaya que desista de voltar ao país, para evitar um "derramamento de sangue".

Entenda a crise política em Honduras

Quem deu o golpe em Honduras?
Militares, com apoio da Corte Suprema, que disse ter ordenado a prisão de Zelaya, e o Congresso, que leu uma suposta carta de renúncia dele. Presidente negou ter deixado o cargo.
Qual é o motivo da crise política?
Zelaya decretou a realização de uma consulta nacional sobre a possibilidade de convocar uma Assembleia Constituinte. A pesquisa, que aconteceria ontem, foi considerada ilegal pela Justiça, pelo Congresso e pelo Ministério Público.
O que diz o presidente?
Zelaya diz que a consulta não tem força de lei e que ele desejava abrir caminho para uma Constituição que desse voz aos pobres, 70% do país.
O que diz a oposição a Zelaya?
O presidente descumpriu uma ordem judicial, e por isso foi preso. A intenção de Zelaya com a consulta é impor uma nova Carta que permita a reeleição.
Qual a situação agora?
Todos os países das Américas condenaram o golpe e exigem o retorno de Zelaya. Congresso e Justiça hondurenha dizem que haverá governo interino até eleições gerais de novembro.

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